
Obra de Lino Damião patente na exposição “Sôcolos rios que vão
A exposição tem a curadoria do português, Miguel Meruje e do cabo-verdiano, Ricardo Vicente .
Obra de Lino Damião patente na exposição “Sôcolos rios que vão”
Em celebração aos 500 anos do nascimento de Luís de Camões foi inaugurada na sexta-feira, em Lisboa, a exposição “Sôcolos rios que vão, Babilónia, achei”.
Segunda-Feira, 14 de Outubro de 2024
A obra do angolano Lino Damião está entre os onze trabalhos que ficam patentes até ao dia 29 de Outubro, na galeria do Instituto Camões, em Lisboa.
Com Lino Damião participam Amadeo Carvalho (Cabo Verde), António Faria (Portugal), Arturo Bitaung (Guiné Equatorial), António Mil Homens (Macau), Osias André (Moçambique), João Coutinho (Goa), Gabriela Carrascalão (Timor Leste), Mónica Mindelis (Brasil), Waldemar Dória (São Tomé e Príncipe) e Young Nuno (Guiné Bissau).
A exposição tem a curadoria do português, Miguel Meruje e do cabo-verdiano, Ricardo Vicente e tem como foco a comemoração dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões. A curadoria propôs os versos do poeta, que fazem referência a Babel, símbolo da diversidade de idiomas e que são usados como uma metáfora potente para a promoção do encontro e da pluralidade, num gesto emancipado de ideologias retrógradas, onde as significações se tornam mais instáveis ou suspensas.
Cada artista vindo de uma latitude diferente, explora a linguagem estética das serigrafias de Ricardo Castro Ferreira, para criar um intercâmbio entre as várias vozes que compõem o espaço lusófono. A exposição é uma reflexão sobre fronteiras e desterritorialização, onde o cruzamento de culturas e linguagens permite a criação de algo novo, em consonância com o espírito camoniano de viagem e de transformação.
Tal como Camões navegou entre mundos e tempos, as obras reunidas manifestam a continuidade e a riqueza que o diálogo artístico entre povos pode gerar. “Sôbolos rios que vão / Por Babilónia, me achei” é uma celebração do encontro entre culturas e uma homenagem à herança e ao futuro da língua portuguesa.
O projecto parte do conceito de desterritorialização e os artistas tiveram total liberdade para intervir plasticamente nos dípticos em serigrafia, baseando-se no imaginário em torno da figura de Camões.
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