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Empresas de Recolha de Lixo em Luanda: Laços com o Regime de José Eduardo dos Santos.


O negócio da limpeza de Luanda que movimenta por ano mais de 300 milhões de dólares é controlado por altos funcionários do regime.

Luanda: empresas de recolha de lixo ligadas a próximos de José Eduardo dos Santos ?

Das sete empresas para recolha do lixo contratadas pelo Governo Provincial de Luanda, algumas estariam ligadas a dignatários do regime e familiares do antigo Presidente José Eduardo dos Santos. O negócio da limpeza de Luanda que movimenta por ano mais de 300 milhões de dólares é controlado por altos funcionários do regime.

 

 

A cidade de Luanda assiste nas últimas horas a um grande movimento de camiões, no quadro do início da recolha do lixo pelas novas empresas recentemente licenciadas pelo Governo Provincial.

Sete novas empresas cujos nomes dos proprietários não foram divulgados pelo Governo Provincial de Luanda, assumiram o compromisso de melhorar a actual imagem degradante da capital angolana, onde toneladas de lixo se amontoam se amontoam desde dezembro.

De acordo com fontes não oficiais, o general Leopoldino de Nascimento "Dino", a ex -primeira dama Ana Paula dos Santos, Danilo dos Santos, filho do antigo presidente José Eduardo dos Santos e o empresário António Mosquito estão directa ou indirectamente ligados a algumas empresas seleccionadas para limpar Luanda.

 

 

Desconhece-se o valor dos contratos assinados com as sete empresas de recolha de lixo, sabendo-se apenas que o Pesidente João Lourenço disponibilizou 34,8 mil milhões de kwanzas para a contratação de empresas durante oito meses, mas limpar Luanda tornou-se um grande negócio, que movimenta por ano mais de 300 milhões de dólares, um negócio controlado por altos funcionários do regime de Luanda.

As sete empresas que vão limpar nove municípios de Luanda são : a Elisal - Empresa de Limpeza de Luanda - responsável pela limpeza nos municípios de Luanda e Cazenga, a Er-Sol, pelo Icolo e Bengo, a Sambiente os municípios da Quiçama e de Viana, a Multilimpeza com o Cacuaco, a Jump Business com Belas, a Chay Chay com o Kilamba Kiaxi e o consórcio Dassala/Envirobac com o da alatona.
 


Segundo a Agência Nacional de Resíduos, apenas as empresas Sambiente e a pública Elisalconstam na lista das 131 empresas autorizadas por este organismo público a desenvolver actividades na área de gestão de resíduos.

A estreante Er Sol, que tem entre os accionistas Danilo dos Santos e Vanda Macedo, irmã da ex-primeira-dama Ana Paula dos Santos, ficou com a responsabilidade da limpeza pública e recolha de resíduos sólidos no município do Icolo e Bengo. O accionista maioritário é a empresa SANUTO que, por sua vez, tem como accionista, com 96%,  António Carlos de Oliveira o homem que esteve na constituição do grupo Cochan, que em 2014 cedeu a totalidade da sua participação 70% nesse grupo ao general "Dino".

 

Em Luanda, várias empresas de recolha de lixo têm sido associadas a figuras próximas de José Eduardo dos Santos, ex-presidente de Angola. Essas empresas, muitas vezes, foram beneficiadas com contratos públicos significativos durante o regime de dos Santos. A relação entre essas empresas e o antigo círculo de poder tem sido uma área de investigação, especialmente após a saída de dos Santos do poder, com diversos casos de alegações de corrupção e de favorecimento de negócios a aliados do antigo regime.


 

Essas empresas, que operam no setor de gestão de resíduos, conseguiram contratos de grande porte, muitas vezes sem uma concorrência pública transparente, o que tem levantado preocupações sobre a eficácia e a transparência da gestão desses serviços essenciais na cidade. O setor de limpeza urbana, particularmente em Luanda, tem enfrentado desafios com a acumulação de lixo, e as acusações de favorecimento político complicam ainda mais a questão da responsabilidade e da eficiência na gestão do serviço.


 

Após a ascensão de João Lourenço à presidência, em 2017, várias dessas empresas foram alvo de investigações e esforços para melhorar a governança e reduzir o impacto das práticas corruptas, mas ainda existem dificuldades em efetivar mudanças significativas.


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