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Angola apela à mobilização de recursos para o combate à varíola dos macacos.


A governante ressaltou que a Mpox é, neste mo-mento, um grande desafio global, de forma mais expansiva na região africana.

Angola apela à mobilização de recursos para o combate à varíola dos macacos
 

 

 

A ministra da Saúde considerou, quarta-feira, em Lisboa, imprescindível que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) mobilize recursos financeiros, tecnológicos e vacinas para responder, de forma eficaz, ao vírus da varíola dos macacos e continue a olhar para o Mpox como um desafio global.
 


Sílvia Lutucuta fez este apelo durante o acto de abertura do Seminário Internacional sobre Cuidados de Saúde Primários nos Estados-membros da CPLP, que decorre até amanhã na capital portuguesa.

A governante ressaltou que a Mpox é, neste mo-mento, um grande desafio global, de forma mais expansiva na região africana, que, por si só, já conta com sistemas de saúde frágeis, devido à grande carga de doenças infecciosas, à transição epidemiológica, com o aumento de doenças não transmissíveis e às mudanças climáticas, além dos desafios impostos pela resistência antimicrobiana e medicamentos falsificados.

“Em termos de saúde pública, a pandemia da Covid-19 provocou um cenário de emergência sem precedentes e mostrou, também, que temos de reforçar, cada vez mais, os nossos sistemas de saúde, para responder, de forma eficaz e eficiente, às emergências de saúde pública e às catástrofes naturais”, disse.

Para Sílvia Lutucuta, a Saúde deve ser encarada, hoje, como uma responsabilidade de todos e, em particular, dos sectores social e económico, por ser um bem necessário e que deve estar ao alcance de todos, para o desenvolvimento progressivo dos países. “Só podemos participar da construção de uma saúde global, entendendo a saúde como um processo de compromissos e decisão global, cuja aplicação é local”, defendeu.

A ministra apontou os cuidados primários de saúde como serviços que oferecem cuidados essenciais, baseados em intervenções cientificamente aprovadas e universalmente acessíveis para indivíduos e famílias a um custo que seja viável para comunidades e países. Sublinhou que este conceito vai além de outros sectores essenciais à prevenção, promoção da saúde, tratamento e reabilitação.

Baixa mortalidade materna em Angola

A taxa de mortalidade materna em Angola conheceu, nos últimos anos, uma baixa significativa, tendo saído de 239 para 170 por 100 mil nascimentos, revelou, ontem, a ministra da Saúde.

De acordo com Sílvia Lutucuta, estes resultados foram alcançados com o aumento do acesso aos cuidados primários de saúde, passando de 70 por cento, em 2022, para 79 por cento em 2024.

Outro ganho significativo para o sector, disse, foi a melhoria dos principais indicadores de impacto dos cuidados primários de saúde em crianças menores de 5 anos, que diminuíram de 68 para 52 mil nascimentos e de 44 para 32 mil nascimentos.

A ministra reafirmou o compromisso do Executivo angolano em acelerar, cada vez mais, o acesso aos cuidados de saúde eficientes e de qualidade a todos e em qualquer lugar. Informou que Angola está a desenvolver estratégias transversais e inovadoras, baseadas em acções para a transformação, garantindo o acesso universal a serviços de saúde de qualidade e humanizados ao longo do ciclo de vida.

Estas estratégias, disse, estão baseadas na implementação de programas estruturantes integrados por outros sectores, com a participação activa da comunidade, dando uma resposta holística às suas necessidades.

Sílvia Lutucuta informou que o país conta com um programa de especialização em recursos humanos, em todas as carreiras especiais, que prevê a especialização de 38 mil profissionais em cinco anos. “É uma tarefa ambiciosa, mas absolutamente necessária e possível”, enfatizou a ministra, reconhecendo que “investir em capital humano é apostar na qualidade dos cuidados de saúde a serem prestados às populações”.

Lutucuta disse continuar a ser luta do Executivo alcançar a cobertura universal de saúde, através da transformação estrutural levada a cabo no Serviço Nacional de Saúde, prestando cuidados centrados aos cidadãos o mais próximo possível do local onde nascem, vivem e trabalham.


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