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Angola Acompanha de Perto a Crise Sudanes: Apelos à Paz e Estabilidade Regional


A guerra no Sudão tem repercussões para toda a região do Chifre da África e do Sahel, onde o instabilidade política pode alimentar .

Claro! O contexto político e de segurança no Sudão tem sido extremamente complexo nos últimos anos, e as notícias sobre o país têm sido dominadas por tensões entre facções militares, o que resultou em uma guerra civil em 2023. Vou explicar o que levou a essa crise e como Angola, como um dos países africanos com interesse na estabilidade da região, pode estar acompanhando o processo.


 

Contexto Político e Militar do Sudão


 

O Sudão tem enfrentado instabilidade política desde a deposição do presidente Omar al-Bashir, que governou o país por quase 30 anos e foi derrubado em 2019 após meses de protestos. Bashir foi acusado de violações de direitos humanos, incluindo crimes de guerra em Darfur, e enfrentou pressões internas e internacionais. Após a sua queda, uma transição para um governo civil foi acordada, mas foi interrompida em outubro de 2021, quando o general Abdel Fattah al-Burhan e o líder da milícia Mohamed Hamdan Dagalo (Hemedti) realizaram um golpe de estado.


 

O golpe de 2021 e a transição interrompida:

• Abdel Fattah al-Burhan se tornou o líder do Conselho Soberano do Sudão, um órgão de governo compartilhado entre civis e militares, que deveria supervisionar a transição para um governo democrático.

• Hemedti, que comanda as Forças de Apoio Rápido (RSF), uma poderosa milícia paramilitar, foi uma figura-chave nesse processo, mas as tensões entre ele e al-Burhan começaram a crescer, com ambos tentando ampliar sua influência.


 

A Guerra Civil de 2023


 

Em abril de 2023, a rivalidade entre al-Burhan e Hemedti levou ao colapso total da frágil aliança entre as facções militares, e isso desencadeou uma guerra civil aberta no Sudão. O confronto aconteceu principalmente entre o exército regular sudanês, liderado por al-Burhan, e a milícia de Hemedti, as Forças de Apoio Rápido, que rapidamente se espalhou por várias partes do país, incluindo a capital, Cartum.


 

Impactos da guerra:

• A guerra causou milhares de mortes e milhões de deslocados, tanto dentro do Sudão como para países vizinhos.

• Destruição generalizada em áreas urbanas e infraestrutura crítica.

• Crise humanitária, com dificuldades no fornecimento de alimentos, medicamentos e serviços básicos.


 

A luta pelo controle do poder entre os dois militares se transformou em uma batalha pela supremacia, com ambos os lados buscando apoio internacional. Enquanto al-Burhan recebeu apoio de países árabes e potências ocidentais, Hemedti procurou fortalecer sua posição com o apoio de grupos armados e milícias locais.


 

Relevância para Angola e para a África


 

Angola, como um país africano com uma longa história de envolvimento em questões diplomáticas e de mediação no continente, tem interesse na estabilidade do Sudão. Angola, por meio da União Africana (UA) e outras organizações regionais, busca apoiar a resolução pacífica dos conflitos no continente, incluindo os conflitos no Sudão. O país já teve um papel significativo na mediação de outras crises africanas, como a guerra civil em Angola e as negociações para a paz na República Democrática do Congo.


 

Além disso, Angola, sendo um membro ativo do Comitê de Paz e Segurança da União Africana, pode ser parte das conversas diplomáticas sobre como lidar com a crise sudanesa, promovendo a paz e a estabilidade regional.


 

Repercussões Regionais e Internacionales


 

A guerra no Sudão tem repercussões para toda a região do Chifre da África e do Sahel, onde o instabilidade política pode alimentar extremismos e atrair intervenções externas. Países vizinhos, como Egito, Eritreia e Chade, estão diretamente afetados pela crise, com fluxos de refugiados e a potencial proliferação de grupos extremistas.


 

A ONU e a União Africana têm feito apelos por uma cessação imediata das hostilidades e por um diálogo entre as partes, mas a situação permanece volátil.


 

Notícias e cobertura em Angola


 

Dada a proximidade política e geográfica de Angola com o resto da África, a mídia angolana acompanha atentamente os desdobramentos dessa crise. Angola Press, a Televisão Pública de Angola (TPA), e outros meios de comunicação costumam reportar sobre as ações da comunidade internacional, incluindo a União Africana e as Nações Unidas, para tentar mediar o fim do conflito e restaurar a paz no Sudão.


 

o Sudão está passando por uma crise profunda que envolve questões internas de poder entre facções militares, com implicações regionais importantes. Angola, dada sua posição na diplomacia africana, pode estar engajada em esforços para ajudar a mediar a paz e apoiar iniciativas regionais de estabilidade.

 

 

O exército sudanês declarou no sábado, 23, ter reconquistado uma importante capital de estado a sul de Cartum aos paramilitares rivais que a detinham nos últimos cinco meses.

A capital do estado de Sennar, Sinja, é um prémio estratégico na guerra de 19 meses entre o exército regular e as Forças de Apoio Rápido paramilitares, uma vez que se situa numa estrada chave que liga as áreas controladas pelo exército no leste e centro do Sudão.

O exército declarou que Sinja tinha sido “libertada... das milícias terroristas”. O exército publicou imagens nas redes sociais que, segundo ele, tinham sido filmadas no interior da base principal da cidade.


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